quarta-feira, 22 de julho de 2015

Capitulo 1 - Ashe

O lado mais frio de Valoran é também o coração de uma batalha que dura a milênios e que separam o bem e o mal. Várias tribos povoam Freljord, mas começaremos contando a história da linda e sonhadora Ashe, a princesa Avarosiana.


Para muitos, Ashe não passava de uma criança quando assumiu o reinado Avarosi. Sua mãe, a Rainha Avarosa foi responsável pela união de Freljord pela liberdade, que culminou em sua morte. Essa história será muito importante mais para frente, mas no momento focaremos em ashe, forasteiro.


Após a morte de sua mãe, Ashe assumiu o reinado e decidiu que sua missão era unir todas as tribos guerreiras espalhadas por tundra, com o intuito da paz e a grandeza reinar novamente entre os povos.

Ashe chamou Minor, o sábio, e disse:

- Minor, reúna todos essa noite.

- Sim, Rainha. Poderia me contar o motivo?

- Anunciarei que é os avarosianos não estão mais em guerra. A partir de hoje, devemos unir nossas forças para buscar a paz e cessar o sofrimento dos nossos povos.

- Ashe, se permite-me dizer, você...

- Essa é minha decisão.

- Rainha, nossos homens não perdoarão o assassinato de sua mãe. Eles buscarão vingança.

- Vingança? Quem mais desejaria uma vingança do que eu, Minor?
Ashe encheu um copo de vinho.

- Você é uma alma boa, rainha. Desde pequena você...

- Minha decisão esta tomada. Por favor, reúna nosso povo.

Ashe saiu em direção a sua tenda. As noites sempre são fria em Freljord, mas uma sensação estranha tomara parte do seu corpo. Inquieta, decidiu andar pela Tundra. Buscou dentro de si coragem para governar seu povo.

Muitas lembranças tomavam forma dentro de Ashe durante a caminhada. Lembrava-se de como Avarosa, sua mãe, buscava a união dos povos no desejo ardente que Freijord fosse um povo único.

Começara a nevar, mas nem o frio nem a escuridão que tomava forma pela tundra tirava da mente de Ashe uma conversa que tivera com sua mãe, há muitos anos atrás.

Ashe e sua mãe estavam em um pequeno abrigo se protegendo do frio. Avarosa acariciava os cabelos de sua filha, que teimava em não querer dormir. A jovem olhou para sua mãe e perguntou:

- Mãe, o que é ser rainha?

- É tomar decisões que não agradam, mas são necessárias para trazer a paz para o povo.

- Mas o que é a paz?

- A paz filha, é quando as pessoas se sentem seguras e, mesmo não concordando com a opinião dos outros, convivem em harmonia.

- E um dia nós viveremos todos em paz?

- É por isso que eu sou rainha – Sorriu Avarosa.
As lembranças de sua mãe distraiam a jovem Ashe, mas não ao ponto de não perceber que não estava sozinha. Temendo um ataque, Ashe segurou seu arco firmemente, pronta para retaliar qualquer um que se aproximasse. Porém, ao avançar, percebeu que um grande falcão estava caído na sua frente. O animal lutava bravamente para se levantar, mas o falcão estava preso em uma espécie de armadilha. A jovem se aproximou. O animal começou a se agitar, temendo aquilo que poderia ser seu fim. Ashe começou a falar, enquanto avançava vagarosamente:

- Pobre animal. Deveria estar faminto para descer ao solo, mas acalme-se, vou liberta-lo.

O Falcão parecia entregue ao seu destino, imóvel, aguardando aquilo que poderia ser seu fim. Ashe percebera que aquele devia ser o maior falcão que ela já tinha visto. Segurou firmemente suas patas com uma das mãos, apoiou a perna em uma das madeiras da armadilha, olhou fixo para o animal aguardando como se fosse um consentimento. Assim que sentiu confiança, usou toda sua força abrindo a armadilha. O Falcão crocitou em agonia e, assim que ela o soltou, sentiu-se em liberdade.

A ave bateu asas e começou a levantar voo, mas não fugiu como era de se esperar. Ela voava rente ao rosto da rainha, como um sinal de agradecimento. Ashe sorriu para ele e disse:

- Chamar-te-ei de Ved, em homenagem ao grande falcão Vedhrfolnir. O Falcão sábio. Que a deusa Freya te proteja ave linda.


Ved bateu suas asas velozmente enquanto sumia na escuridão. Ashe precisava retornar, já que seu povo provavelmente estaria reunido para ouvir suas palavras. A jovem sabia que sua decisão seria muito contestada pelo povo e ela compreendia. A vingança pela morte de sua mãe não seria algo que ela rejeitaria por completo, mas ela não poderia culpar a todos por isso. Só existia uma única culpada: 

Lissandra. E ela e somente ela, pagaria pela morte de Avarosa. Além disso, a cena que acabara de viver trouxe um pensamento que tornava a sua decisão mais fácil: Se um animal selvagem pode confiar em suas palavras, talvez o seu povo também possa.

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