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Capitulo 1 - Ashe
O lado mais frio de Valoran é
também o coração de uma batalha que dura a milênios e que separam o bem e o
mal. Várias tribos povoam Freljord, mas começaremos contando a história da linda
e sonhadora Ashe, a princesa Avarosiana.
Para muitos, Ashe não passava de
uma criança quando assumiu o reinado Avarosi. Sua mãe, a Rainha Avarosa foi
responsável pela união de Freljord pela liberdade, que culminou em sua morte.
Essa história será muito importante mais para frente, mas no momento focaremos
em ashe, forasteiro.
Após a morte de sua mãe, Ashe
assumiu o reinado e decidiu que sua missão era unir todas as tribos guerreiras
espalhadas por tundra, com o intuito da paz e a grandeza reinar novamente entre
os povos.
Ashe chamou Minor, o sábio, e
disse:
- Minor, reúna todos essa noite.
- Sim, Rainha. Poderia me contar o
motivo?
- Anunciarei que é os avarosianos
não estão mais em guerra. A partir de hoje, devemos unir nossas forças para
buscar a paz e cessar o sofrimento dos nossos povos.
- Ashe, se permite-me dizer,
você...
- Essa é minha decisão.
- Rainha, nossos homens não
perdoarão o assassinato de sua mãe. Eles buscarão vingança.
- Vingança? Quem mais desejaria uma
vingança do que eu, Minor?
Ashe encheu um copo de vinho.
- Você é uma alma boa, rainha.
Desde pequena você...
- Minha decisão esta tomada. Por
favor, reúna nosso povo.
Ashe saiu em direção a sua tenda.
As noites sempre são fria em Freljord, mas uma sensação estranha tomara parte
do seu corpo. Inquieta, decidiu andar pela Tundra. Buscou dentro de si coragem
para governar seu povo.
Muitas lembranças tomavam forma
dentro de Ashe durante a caminhada. Lembrava-se de como Avarosa, sua mãe,
buscava a união dos povos no desejo ardente que Freijord fosse um povo único.
Começara a nevar, mas nem o frio
nem a escuridão que tomava forma pela tundra tirava da mente de Ashe uma
conversa que tivera com sua mãe, há muitos anos atrás.
Ashe e sua mãe estavam em um
pequeno abrigo se protegendo do frio. Avarosa acariciava os cabelos de sua
filha, que teimava em não querer dormir. A jovem olhou para sua mãe e
perguntou:
- Mãe, o que é ser rainha?
- É tomar decisões que não agradam,
mas são necessárias para trazer a paz para o povo.
- Mas o que é a paz?
- A paz filha, é quando as pessoas
se sentem seguras e, mesmo não concordando com a opinião dos outros, convivem
em harmonia.
- E um dia nós viveremos todos em
paz?
- É por isso que eu sou rainha –
Sorriu Avarosa.
As lembranças de sua mãe distraiam
a jovem Ashe, mas não ao ponto de não perceber que não estava sozinha. Temendo
um ataque, Ashe segurou seu arco firmemente, pronta para retaliar qualquer um
que se aproximasse. Porém, ao avançar, percebeu que um grande falcão estava
caído na sua frente. O animal lutava bravamente para se levantar, mas o falcão
estava preso em uma espécie de armadilha. A jovem se aproximou. O animal
começou a se agitar, temendo aquilo que poderia ser seu fim. Ashe começou a
falar, enquanto avançava vagarosamente:
- Pobre animal. Deveria estar
faminto para descer ao solo, mas acalme-se, vou liberta-lo.
O Falcão parecia entregue ao seu
destino, imóvel, aguardando aquilo que poderia ser seu fim. Ashe percebera que
aquele devia ser o maior falcão que ela já tinha visto. Segurou firmemente suas
patas com uma das mãos, apoiou a perna em uma das madeiras da armadilha, olhou
fixo para o animal aguardando como se fosse um consentimento. Assim que sentiu
confiança, usou toda sua força abrindo a armadilha. O Falcão crocitou em agonia
e, assim que ela o soltou, sentiu-se em liberdade.
A ave bateu asas e começou a
levantar voo, mas não fugiu como era de se esperar. Ela voava rente ao rosto da
rainha, como um sinal de agradecimento. Ashe sorriu para ele e disse:
- Chamar-te-ei de Ved, em homenagem
ao grande falcão Vedhrfolnir. O Falcão sábio. Que a deusa Freya te proteja ave
linda.
Ved bateu suas asas
velozmente enquanto sumia na escuridão. Ashe precisava retornar, já que seu
povo provavelmente estaria reunido para ouvir suas palavras. A jovem sabia que
sua decisão seria muito contestada pelo povo e ela compreendia. A vingança pela
morte de sua mãe não seria algo que ela rejeitaria por completo, mas ela não
poderia culpar a todos por isso. Só existia uma única culpada:
Lissandra. E ela
e somente ela, pagaria pela morte de Avarosa. Além disso, a cena que acabara de
viver trouxe um pensamento que tornava a sua decisão mais fácil: Se um animal
selvagem pode confiar em suas palavras, talvez o seu povo também possa.
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