quarta-feira, 22 de julho de 2015

Introdução

Noites frias são muito solitárias até para os clãs que vivem em freljord. Uma sensação estranha tomava posse do meu corpo e o temor me fez entrar naquela humilde taberna. O local fedia a urina e sangue. Preparei-me para o pior. Segurando minha espada, fui observando cada detalhe daquele cenário. Uma chama ainda estava acesa na lareira, embora nada aparentasse um sinal de vida naquele lugar. Aproximei-me do balcão vagarosamente. 


O silencio tornava-se angustiante. Cadeiras, mesas e copos quebrados eram parte daquele chão, mas não havia corpos. Ratos esgueiravam-se pelas frestas tornando o cenário ainda mais angustiante. Sentei-me próximo ao balcão e sorri. Ao menos essa noite o frio não seria o maior problema que eu enfrentaria. Eu estava cansado. A guerra tornar-se-ia cada vez mais perigosa e eu não sentia mais forças para lutar. O terror passava pelos meus olhos diariamente. Não havia piedade, nem mesmo de quem lutava a favor do bem. Um sábio uma vez me disse: “As pessoas fazem as guerras em busca da paz, mas ela nunca chegará, pois a paz é uma utopia diferente para cada um”. Inerte em meus pensamentos, demorei a perceber um vulto que movia-se atrás de mim. Era meu fim. Uma gota de suor começou a descer pelo meu rosto. Eu tinha apenas uma chance. Um movimento rápido. Um corte certeiro. Como fui me distrair daquela forma? Talvez eu estivesse pronto para a morte. Mas não seria tão fácil. Agora era a hora. Respirei fundo, segurei minha espada e girei com toda minha força. Não havia nada. Eu enlouqueci? Perguntava. Demorei alguns segundos antes de virar para frente, quando meu coração disparara. Um homem grande que carregava o maior berrante que eu já vira sorria debochadamente da minha reação. Eu não entendia. Como ele poderia? 

Tão rápido? Antes que eu pudesse ter alguma reação, ele falara:

- Não precisa temer, caro forasteiro. Eu já estou morto!

Demorei um tempo para compreender tudo aquilo. Meu corpo todo tremia. O que aquilo significava? Ele estava morto? Significava que eu estava morto? Eu não sabia. Olhei novamente aquele homem e ele gentilmente sorriu. Esperou até que eu me acalmasse e disse:

- Entendo sua surpresa meu jovem. Não é todo dia que vemos uma alma vagando por uma taberna não é mesmo? Embora se olharmos para esse lugar, é bem propicio. – Zombou.

- Desculpe, mas, quem ou o que é você?

- Meu nome é Gregor e já fui muitas coisas. Hoje, eu sou o seu taberneiro. Amanhã, não sei.

Eu não conseguia compreender. Eu já ouvi falar sobre os mortos viverem na terra, mas nunca havia presenciado e muito menos conversado com uma alma. Antes que eu pudesse argumentar, gregor falou:

- Forasteiro, acalme-se. Beba essa cerveja por conta da casa e não se apresse, o frio não passará tão cedo.

Nunca havia provado uma cerveja tão saborosa. Questionava-me se estava morto. Seria aquele meu paraíso? Se fosse, eu realmente não havia sido uma pessoa tão merecedora em vida. Gregor caíra na gargalhada. Então aquele espirito também podia ler pensamentos? Confirmando minha dúvida, ele disse:

- Você não está morto. Eu sim. Percebi que você está cheio de perguntas sem respostas. Sim, essa cerveja é realmente saborosa. Foi desenvolvida aos detalhes por um dos maiores mestres cervejeiros que já conheci. Além de gostar de uma boa briga também.

Aquilo me intrigou. Uma conversa com um espirito poderia ser muito mais interessante do que eu imaginava. Afinal, por quantos anos aquela alma vagava pelo mundo e o quanto ele poderia saber? Ajeitei-me na cadeira e olhei firmemente para gregor, enquanto ele, satisfeito, falou:


- Então você quer ouvir a história desse lugar? De minha história gloriosa? Fique mais próximo, eu posso lhe contar muito mais. Vamos começar por Freljord...

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